sábado, 19 de novembro de 2011

Tarde Qualquer

Às vezes, paro e fico olhando
A parede parece tão interessante
Quanto a árvore tocada pela brisa
Numa tarde de qualquer estação
Relembro fragmentos
Que já sei estarem velhos
Redesenhados
Inconfiáveis
Relembro dos desenhos
Que na TV me faziam a alegria
Das músicas
Que de tanto ouvir sabia de cor
Das brincadeiras
Que por pobreza aprendi a brincar
Dos provérbios
Que me atraía desvendar
Então percebo que
Aquele não mais meu mundo é
Sacudo a cabeça
Como quem acaba de sonhar
E saio do transe
Que como rastro deixa a nostalgia
E volto para a minha vidinha
Que com o tempo aprendi a viver
Sem alegrias
Encantos
Simplicidade
Facilidade
Volto à vida
A qual vida não deveria se chamar

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